!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd"> Panteras Rosa: fevereiro 2012

sábado, fevereiro 25, 2012

"Formas de acção no Movimento LGBT" - Tertúlia Panteras Rosa - Ponta Delgada, Açores


Mais uma vez, na Casa Descalça, em Ponta Delgada, nos Açores, promovemos uma acção sobre questões LGBT, desta vez com o tema "Formas de acção no Movimento LGBT".

É na próxima terça-feira a partir das 22h30.

Vamos conversar sobre acções que fizeram história, actuais, futuras e partilhar ideias sobre formas de visibilidade.

Estamos à tua espera. Traz amigxs e ideias!


dinamização:
Panteras Rosa


Descalças, Cooperativa Cultural
http://descalcas.blogspot.com/

Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia
http://panterasrosa.blogspot.com/

Adopção por casais do mesmo sexo rejeitada ontem no Parlamento

A todos os que votaram contra (olhando com particular tristeza na direcção da bancada do pcp...), e em nome de tantos e tantas: FUCK YOU very, very, VERY MUCH.

- Projeto de Lei n.º 178/XII/1.ª (PEV)
Alarga as famílias com capacidade de adoção, alterando a Lei nº 9/2010, de 31 de maio, e a Lei nº 7/2001, de 11 de maio: REJEITADO

votos contra: psd, cds/pp, pcp e 8 do ps
votos a favor: be, pev, 9 do psd, 39 do ps e 1 do cds/pp
abstenções: 11 do ps, 2 do psd e 1 do cds/pp

22 DE MARÇO - GREVE GERAL

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Quando tudo o que representou o 15 de Abril está a ser posto em causa...

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

O LADO F DA CRISE

Rede 8 de Março
O LADO F DA CRISE
FESTA FEMINISTA

Sexta-feira, 9 de Março, 2012 21h30-03h30

Galeria Zé dos Bois
Rua da Barroca, nº 59, Lisboa

Para comemorar o 8 de Março – Dia Internacional das Mulheres, no tempo em que a crise e a austeridade ameaçam todos os direitos, os que temos e os que ainda queremos conquistar, decidimos contrariar o conformismo e o isolamento e festejar a luta feminista. Juntamos movimentos sociais e lutas comuns, afirmamos a solidariedade e agimos em conjunto. Propomos uma festa onde todas as pessoas tenham lugar, um espaço livre de opressões e preconceitos, no qual as mulheres são as protagonistas. O lado feminista da crise é o da festa e o da força da nossa resposta – ampliar o campo do possível, tomando o futuro nas nossas mãos.

NÃO QUEREMOS VOLTAR AO SÉC. XIX. As medidas de austeridade são apregoadas como a única resposta à crise, diminuindo drasticamente direitos e apoios sociais, reduzindo o valor do trabalho, das reformas e o investimento público, privatizando serviços públicos. A quem trabalha, mais pobre e mais frágil, é pedido que pague uma crise pela qual não é responsável. Esta estratégia, tornada mais brutal por imposição da troika e pelo governo das direitas, só traz recessão económica, desemprego e pobreza generalizada. O desemprego está nos 13,6% e mais de metade destas pessoas não tem acesso ao subsídio de desemprego. Há, então, cerca de 400 mil mulheres desempregadas e milhares sem qualquer fonte de rendimento.

A situação é difícil não só no plano da desigualdade mas também no plano das condições de possibilidade da emancipação das mulheres. Na sua maioria, votadas ao desemprego ou à precariedade laboral, sem protecção e apoio social, sem serviços públicos que assegurem os cuidados com as crianças e com as pessoas idosas, as mulheres vêem-se obrigadas a voltar para casa e aí permanecem aprisionadas a uma condição que volta a ter os contornos da dos séculos passados, porque a mesma estrutura sexista subsiste e continua a organizar a nossa sociedade estipulando os papéis sociais que cada pessoa deve ter. Estamos, de facto, a voltar atrás no tempo: as mulheres jovens dificilmente saem de casa e se tornam independentes, com menos direitos as mulheres trabalhadoras ficam mais vulneráveis em relação aos patrões e as desempregadas estão mais dependentes do apoio da família, porque do Estado pouca ajuda têm. Se a maioria das mulheres continua a ser mão-de-obra mais barata, a vida das mulheres imigrantes, em particular, é ainda mais austera porque subjugada também por uma cidadania diminuída, pela discriminação e pelo preconceito. Também o trabalho sexual não pode continuar a ser exercido sem direitos, nem protecção social. Actrizes, dançarinas ou prostitutas, as mulheres estão presentes na indústria do sexo e o seu trabalho tem urgentemente de ser reconhecido. A desigualdade, enraizada socialmente, alimenta-se da crise económica e o sexismo encontra aí um campo de reafirmação, tal como a ideologia da austeridade se torna mais forte quanto mais vulneráveis e oprimidas forem as mulheres, enquanto trabalhadoras e enquanto cidadãs. É preciso uma mobilização feminista contra a crise.

PELO DESEJO E PRAZER SEM CULPA. A sociedade moralista tem limitado a emancipação das mulheres também no que se refere à vivência da sua sexualidade, impedindo-as de manifestarem abertamente os seus desejos e experienciarem o prazer sem medos, culpas ou tabus. De facto, o prazer continua submetido aos critérios masculinos impostos. As mulheres devem poder amar quem, quando e como quiserem, fora de um modelo de família que as vê apenas como incubadoras, responsáveis pelo lar e pelo cuidado de terceiras pessoas. Poder decidir sobre o seu corpo e escolher livremente sobre a maternidade torna o direito ao aborto um bem fundamental - não aceitamos voltar atrás.

A IDENTIDADE E OS CORPOS SÃO NOSSOS! Ser mulher é a exigência ao direito universal pela autodeterminação, pela autodefinição, pela identidade, pela livre orientação sexual e pela livre expressão de todos os géneros. Hoje em dia, ainda é negado o direito à identidade e mesmo quando este é concedido, está dependente de decisões de “autoridade médica”, através de “tratamentos psiquiátricos” e demais mecanismos patriarcais de controlo e desumanização. É-lhes, assim, negada a capacidade de decisão sobre as suas vidas, os seus corpos e as suas identidades. Perante as mulheres transexuais a quem é pedido que provem ser mulheres, e perante os homens transexuais e demais pessoas transgénero e intersexo a quem é solicitado que sigam leis sociais, cuja condição de existência é o machismo, questionamo-nos: deverão as mulheres transexuais e transgénero representar a ideia de mulher perfeita? Rejeitamos todas as normas impostas por esta sociedade machista.

TODOS OS ESPAÇOS LIVRES DE OPRESSÃO JÁ! Os números da violência de género são um sinal muito forte de que o modo como nos organizamos, vivemos e relacionamos permanece alicerçado em relações de poder desiguais, regradas pelo machismo e pela violência. Em 2011, morreram 23 mulheres vítimas deste crime e houve mais de 31 mil queixas registadas. Sabe-se que, na Europa, uma mulher é vítima de violência doméstica a cada 48 horas. Estas vítimas precisam de apoio, a Justiça tem de funcionar e a sociedade tem de mudar. Para isso, a família, a casa ou as relações amorosas não podem ser prisões. Além disto, o problema do assédio sexual, assim como a violação por estranhos e o stalking (perseguição continuada e invasão do espaço de privacidade) permanecem nas ruas, nas escolas ou nos locais de trabalho, reflectindo uma sociedade ainda muito ancorada na ideia da mulher enquanto ser que está aí para cumprir o seu papel, ser vista e avaliada, tocada. Este sentimento de vulnerabilidade impede o exercício da liberdade e o usufruto do espaço público. É, portanto, uma forma de censura social e de limitação de movimento, de expressão. A isto não se pode chamar democracia.

OCUPAR TUDO! A desigualdade de género reveste-se muitas vezes sob a máscara da invisibilidade. Silenciadas e tornadas transparentes, as mulheres são votadas a um estatuto menor na sociedade, arredadas dos centros da participação, decisão e representação política e social. É uma realidade transversal a todos os espaços e sectores sociais e que ainda persiste. Além disso, a opressão de género, seja qual for a sua forma, torna-nos mais vulneráveis e por isso mais expostas ao julgamento público e aos modelos dominantes. Mas nós queremos decidir sobre as nossas vidas, em todos os seus aspectos, e, por isso, ocuparemos os movimentos, os sindicatos, as assembleias populares, as ruas, o parlamento. Este mundo também é nosso, e nós também o pensamos, estudamos, criamos. Ocupemos também os centros de investigação, os palcos, os museus, as conferências, as colunas de opinião, as galerias, as livrarias, os cinemas, as festas. Ocupemos todos os espaços da sociedade, das nossas vidas, desde os da representação aos da decisão, todos, sem excepções.

DIA 9 DE MARÇO, FESTA FEMINISTA – O LADO F DA CRISE.
ESTA FESTA TAMBÉM É TUA. CONTAMOS CONTIGO

Rede 8 de Março
UMAR
SOS Racismo
ComuniDária
Precários Inflexíveis
Panteras Rosa

Apoio:
Médicos pela Escolha

contacto: rede8marco@gmail.com

sábado, fevereiro 11, 2012

11 FEV - OCUPA A PRAÇA!

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

O Policiamento do Género e a Luta Transexual


Tendo reparado que existe uma falta notória de debate onde as pessoas transexuais e activistas possam falar livremente sobre o tema da despatologização sem a presença sempre policial de médicos e/ou psicólogos, o Grupo Transexual Portugal, na sua primeira iniciativa pública, vem colmatar essa falha.

Assim, no dia 24 de Fevereiro, terá lugar uma conversa/debate/tertúlia nas instalações do RDA69. O evento iniciar-se-á com um jantar popular (para quem queira) de Transcezinhas seguindo-se a conversa/debate/tertúlia. Cada pessoa lavará a sua loiça no final do jantar, integrando-se assim no espírito do RDA69

Esta conversa também será inovadora por não existir mesa de oradores, apesar da participação da Drª Sandra Saleiro, investigadora do ISCTE. Vai-se dar primazia ao debate público e livre de forma a maximizar a participação da audiência, sempre limitada e quantas vezes sem tempo para troca de argumentos.

A entrada é livre (salvo o jantar, obviamente - 3 patacas) neste evento que marca a primeira iniciativa do Grupo Transexual Portugal, além de ser o primeiro debate sem presença patologizadora e sem mesa de oradores.

Aguardamos pela vossa presença e esperamos uma iniciativa de sucesso.

O Grupo Transexual Portugal